Aprendendo a olivicoltura do Rio Grande do Sul diretamente para a terra do azeite extra virgem DOP Umbria
Universidade dos Estudos de Perugia – Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais 18 a 22 de Novembro/2013
Uma delegação de técnicos e Engenheros Agrônomos hospedaram-se na região da Umbria/Itália com o objetivo de aprofundar os conhecimentos e principalmente as técnicas locais de manejo da Olivicultura visando à produção de azeite de alta qualidade. A delegação foi recebida pela Drª Daniela Farinelli Pesquisadora/Coordenadora do Projeto “Valorização da cadeia do azeite extra virgem de oliva em Bagé/RS”.
Em 2012, outra equipe técnica brasileira participou de capacitação em poda de oliveiras conduzida pela Faculdade de Agrária da Universidade de Perugia. A poda constitui-se em uma prática agronômica fundamental na gestão do olival em produção e consiste no favorecimento à renovação e desenvolvimento de ramos frutíferos, manutenção da eficiência plena da copa, regulação do crescimento da planta favorecendo a entrada de luz. O curso abordou técnicas de poda em cultivares adaptadas ao clima do Rio grande do sul e em cultivares italianas com bom potencial de desenvolvimento, tais como: Leccino, Coratina e Frantoio.
Os técnicos brasileiros puderam, juntamente com especialistas italianos, conhecer a realidade da olivicultura na região da Umbria, mundialmente reconhecida como berço dos melhores azeites produzidos na Itália e através do intercambio tecnológico/cultural proporcionado pelo programa, aplicar os conhecimentos gerados em prol do sucesso da Olivicultura no Sul do Brasil.
Durante a semana de estudos foram abordados aspectos relacionados a gestão de olivais experimentais e tradicionais, através de aulas práticas a campo. Conheceu-se os mais diversos tipos de colheita semi- mecanizada e mecanizada e sua influência na qualidade do produto final. Posteriormente, visitou-se um dos fulcros do know how da região, as agroindústrias de extração de azeite a frio.
O Curso possibilitou adicionar ao currículo dos técnicos presentes a experiência em colheita de azeitonas. Verificou-se “ in loco” os mais diversos tipos e métodos de colheita, desde a colheita manual nas Colinas de Trevi até a colheita mecanizada realizado sobre plantas mais jovens. A operação de colheita representa o maior componente do custo de produção, portanto a escolha do tipo e método de colheita é de fundamental importância para um bom retorno econômico no longo prazo.
A região da Umbria é conhecida por exportar máquinas de extração para o mundo todo. As visitas às agroindústrias possibilitaram demonstrar os mais diversos tipos de extração (pressão, tensão superficial e por centrifugação).
Concluindo a jornada de trabalho, Farinelli conduziu um “Panel Test” também conhecido como Análise Sensorial que avalia- em tres diversas fases- as características organolépticas do azeite: a fase visual em que se verificam as características de cor, clareza e densidade, aquela olfativa que com azeite a 28° para examinar aromas voláteis e, enfim, aquela gustativa para identificar a presença de possíveis defeitos e apreciar as caraterísticas positivas.
Os comentário de aprovação dos hospedes brasileiros respeito a experiencia da Umbria em âmbito olivicula demostra como um pequeno projeto de intercambio cultural pode enraizar-se com sucesso.